Bom dia queridos,
O blog vai passar por algumas mudanças e
mais uma inicia hoje: uma nova tag - O Direito
e a Moda.
Vamos abrir espaço no blog para compartilhar um pouco do
nosso conhecimento, bem como nossa opinião sobre alguns tópicos que ficam
rebaixados, diante de tanto “luxo” e “celebridades”, onde acabamos esquecendo
que qualquer tipo de trabalho é uma profissão com seus direitos e deveres.
Ontem estava lendo minha revista Glamour, a primeira
edição do Brasil com a Juliana Paes na capa. Não poderia ter sido escolha melhor, né?
Mas o que me chamou a atenção, equiparado a um processo que
estava trabalhando, foi uma reportagem que tenta nos passar um luxo que não
existe: a matéria "Paquitas do Luxo".
A reportagem trouxe antigas e novas vendedoras de uma loja
que vende produtos caríssimos e acabaram, acredito eu que devido a essa era da informática,
nos holofotes. O que aconteceu (pelo menos eu senti) foi uma futilidade na
reportagem ao não mostrar o inicio ou padrão de vida delas fora dali. A matéria
mostrou que essas meninas trabalharam/trabalham na Daslu, são o fruto do que
acontece com qualquer vendedora de uma loja que tenha clientes com maior
potencial de consumo em qualquer parte do país: metade do seu salário vai em
roupas e maquiagens.
É aí que entra a nossa pergunta: Se em uma empresa onde é
obrigado a usar uniforme ( seja ele cinza, preto, roxo, curto, longo ou estilo
pereirão) a empresa fica obrigada a fornecer, em uma loja que obriga seus
funcionários a usarem determinados tipos de roupas também devem, certo? Mas
então, porque as lojas não oferecem? A maioria compra com margem em cima, não
sai nem pelo preço de custo.
Vocês acreditam que muitas, de acordo com a reportagem, foram
ter salário depois de 3 a 6 meses de trabalho? Ficavam de salto alto o dia
inteiro e viravam noites para tudo estar perfeito para as clientes no outro dia... Ah... Mas
aí algumas podem pensar: é a Daslu....
O blog (a Jú e eu) por sermos profissionais do Direito, não poderíamos
deixar passar esta reportagem como se fosse um “glamour” isto, uma vez que TODA
loja tem seu valor e TODA vendedora seu potencial.
Pode ser na Daslu ou na Renner, as vendedoras devem estar
maquiadas e bem arrumadas. Mas quem paga por isto?
Você gostaria de passar por tudo isso só para ser uma “paquita
do luxo” e trabalhar na loja mais concorrida?, ou trabalhar em qualquer loja que
lhe pague todos os direitos trabalhistas?
Alguém leu a reportagem? O que acharam?
Beijos,
Equipe L'Amour